A literatura de São Tomé e Príncipe é conhecida por sua diversidade e riqueza cultural. Embora a língua oficial do país seja o português, há várias línguas crioulas e africanas faladas pelas comunidades locais, o que é refletido na literatura. A literatura são-tomense tem suas raízes nas tradições orais africanas, que foram incorporadas à literatura escrita no início do século XX. Entre os primeiros escritores a alcançar renome está Francisco José Tenreiro, conhecido por sua poesia lírica que celebra a beleza e a simplicidade da vida em São Tomé e Príncipe.
Outra figura importante da literatura são-tomense é Alda do Espírito Santo. Sua poesia celebra a cultura e tradições locais e aborda questões políticas e sociais, como a luta contra a colonização portuguesa. Algumas de suas obras mais conhecidas são “O Jogral das Ilhas” e “É nosso o solo sagrado da terra-poesia de protesto e luta”, que reúne uma coletânea dos poemas produzidos por ela entre os anos de 1950- 1970. Ela é também autora da letra do hino nacional, ” Independência Total”.
Conceição Lima é uma escritora são-tomense conhecida por sua poesia em português, com obras como “O Útero da Casa” e “A Dolorosa Raiz do Micondó”. Já Olinda Beja escreveu poemas, romances e contos que retratam a vida em São Tomé e Príncipe, como “À Sombra do Oká”, “15 Dias de Regresso” e “A Ilha de Izunari”.
A literatura são-tomense aborda questões sociais e políticas, incluindo a luta contra a colonização portuguesa e as desigualdades e pobreza que afetam muitas pessoas no país. Muitos escritores têm usado a literatura como uma forma de expressar suas preocupações e esperanças para o futuro. Alguns dos temas comuns encontrados na literatura são-tomense incluem a natureza, a cultura e as tradições locais, bem como a luta por justiça e igualdade. A literatura tem desempenhado um papel importante na preservação da história e da identidade cultural do país e na construção da nação de São Tomé e Príncipe.